domingo, 20 de março de 2011

José Roberto Mendonça de Barros

O economista que figura entre os 100 melhores palestrantes do Brasil falou sobre as tendências macro econômicas para 2011. E o cenário é bastante favorável e animador.

A economia norte americana está em franca recuperação, os consumidores estão reduzindo suas dívidas, retomando a confiança e voltando a gastar. O setor automobilístico também volta a crescer e representa, atualmente, 20% do PIB.

No Velho Continente as coisas não vão tão bem assim. Os juros pagos por Portugal, Irlanda e Grécia são explosivos, mas, embora a situação esteja complicada, o Euro vai ter forças suficientes para continuar a existir. E a compensação é toda Alemã- o país vive seu melhor momento desde o final da 2ª GM.

A economia asiática ainda está no momento boom. E esse momento é uma faca de 2 gumes, pois aumentando os salários, crescem o consumo e a demanda por alimentos; isso aliado aos problemas climáticos gera uma forte alta no preço das commodities, especialmente as agrícolas. O que é uma oportunidade para o nosso país.

Enquanto aumenta a demanda por petróleo, a oferta dos estoques americanos cai. Enquanto aumenta o consumo na Ásia, aumenta também a dificuldade de expansão pois a exploração é cara e difícil. Enquanto os países desenvolvidos voltam a crescer, os conflitos no Oriente Médio sugerem volatilidade.
Enquanto isso acontece no mundo, os investimentos em petróleo no Brasil irão crescer, haverá valorização do etanol e o desenvolvimento do óleo diesel a partir da cana de açucar como opção de combustível, menos poluente e mais econômico.

O cenário doméstico apresenta mercado de trabalho e setor público aquecidos demais, ou seja, desequilíbrio entre oferta e demanda. Isso gera a óbvia inflação e balança comercial desfavorável, pois com o Real forte, a importação também aumenta. Ainda assim, o crescimento previsto para 2011 é de 4,5% e para o resto do mundo, 4,0 %.

Nossas alavancas de crescimento:
- Consumo classe C (que já não necessitam do Bolsa Família)
- Exportação de recursos naturais
- Investimento privado (incluindo Petrobrás)

Nossas limitantes de crescimento:
- Desequilíbrios macroeconomicos
- Custo Brasil
- Redução da eficiência do setor público
- Ausência de reformas e avanços

Grande oportunidade: NOVOS ARRANJOS FAMILIARES
-> Setor imobiliário
-> Serviços dirigidos
-> Alimentação diferenciada




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