segunda-feira, 25 de novembro de 2013

A Geração Y e a busca constante de satisfação

Quem nasceu nas décadas de 50 e 60 é parte de uma geração chamada BABY BOOMERS. Profissionais que cresceram buscando estabilidade econômica em carreiras seguras e estáveis através de décadas de trabalho duro e muita dedicação, quando vida profissional e pessoal se encontravam às 12:00 e às 18:00, na transição do momento trabalho para o momento família.

Nos anos 70, 80 e 90 o mundo todo prosperou junto num crescimento econômico e tecnológico sem precedentes e, com novas expectativas de futuro melhor, os filhos dos Baby Boomers cresceram formando uma nova geração, que acreditava que podia ser o que quisesse, chegar onde quisesse. Mal sabiam os pais que estavam criando identidades de protagonistas especiais nos subconscientes de seus filhos geração Y, que pensaram que podiam - e tinham obrigação- de fazer melhor que seus pais, de prosperarem mais, de enriquecerem mais, de serem mais felizes. Só estabilidade e segurança não bastam, é preciso viver o próprio sonho.


Cal Newport, escritor e professor de ciências da computação na Universidade de Georgetown aponta que “seguir seu sonho” é uma frase que só apareceu nos últimos 20 anos, de acordo com o Ngram Viewer, uma ferramenta do Google que mostra quanto uma determinada frase aparece em textos impressos num certo período de tempo. Essa mesma ferramenta mostra que a frase “carreira estável” saiu de moda, e  também que a frase “realização profissional” está muito popular.

Ou seja, para nós, não basta só a prosperidade econômica que nossos pais buscavam, mas também a realização profissional na carreira escolhida. E essa ideia permeia os pensamentos da geração Y desde que seus pais baby boomers começaram a cria-los para serem prodigiosamente magníficos, diferenciados, profissionais de destaque. Acontece que isso não foi transmitido a 1 ou 2 indivíduos, mas a uma geração inteira que hoje sofre por perder a ilusão de estar predestinado a algo sempre melhor por ser especial.
O mercado de trabalho é outra ilusão real. Uma grande carreira já não se faz só com anos de trabalho árduo, e muito menos é um destino natural e óbvio para qualquer pessoa excepcional da geração Y. Normalmente as expectativas antes de começar a carreira são enormes, mas o mundo não é um lugar fácil, e anos de sangue, suor e lágrimas fazem cair por terra a ilusão construída de que é possível você vencer na vida, basta ser o melhor e encontrar realização no trabalho.
Paul Harvey, professor da Universidade de New Hampshire, nos Estados Unidos, concluiu em uma pesquisa que a geração Y tem “expectativas fora da realidade e uma grande resistência em aceitar críticas negativas” e “uma visão inflada sobre si mesmo”. Ele diz que “uma grande fonte de frustrações de pessoas com forte senso de grandeza são as expectativas não alcançadas. Elas geralmente se sentem merecedoras de respeito e recompensa que não estão de acordo com seus níveis de habilidade e esforço, e talvez não obtenham o nível de respeito e recompensa que estão esperando”.
Isso é por que a percepção da grandeza é geralmente baseada num senso infundado de superioridade e merecimento. Pessoas que são levadas a acreditar, talvez por causa dos constantes e ávidos exercícios de construção de auto-estima durante a infância, que são de alguma maneira especiais.
Como o mundo real considera o merecimento um fator importante, depois de alguns anos de formada, a geração Y se encontra nessa situação: a extrema ambição, combinada com a arrogância, fruto da ilusão sobre quem ela realmente é, faz ela ter expectativas extremamente altas, mesmo sobre os primeiros anos após a saída da faculdade. Mas a realidade não condiz com suas expectativas, deixando o resultado da equação “realidade – expectativas = felicidade” no negativo.
E para concluir o pensamento, as redes sociais criam um mundo opressivo para aqueles que esperavam mais, afinal de contas, é ali que tudo o que as outras pessoas estão fazendo é público e visível, onde a maioria das pessoas expõe uma versão maquiada e melhorada de si mesmos e de suas realidades, e as pessoas que expõe mais suas vidas são as pessoas que estão indo melhor nas carreiras ou relacionamentos, enquanto as pessoas que estão tendo dificuldades tendem a não expor sua situação. 
Por esses motivos todos a geração Y está frustrada e insatisfeita. Pode até ser que a vida e a carreira estejam indo bem, mas nunca alinhados com a expectativa.
Esse é um estudo demográfico realizado pela Unicamp, mas o assunto está sendo tão comentado que é só jogar no Google para encontrar um monte de materiais sobre o assunto. Esse vídeo retrata bem os pensamentos dos baby boomers e a evolução, geração a geração. 

 fica então a pergunta que pode fazer você mudar sua forma de ver sua vida é: Você está buscando ou fazendo aquilo que te deixa realmente feliz?

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